É um dos deveres fundamental do ser humano, que é racional procurar prudentemente informar se autenticamente a realidade da sua própria natureza, para melhor compreender os elementos fundamentais que constroem a sua natureza humana. Esta visão mostra-nos que a verdadeira realidade da vida humana não é orienta pelas doutrinas mas sim pela verdade.
A vida humana compreende o conjunto dos elementos que constroem o processo vital que pode ser conduzido para o progresso, ou anacronismo do ser de uma determinada pessoa humana, dependendo inteiramente das próprias capacidades seja física ou mental que podem garantir autenticidade das suas convicções; e os meios que o seu ambiente lhe oferece. Antes de nos lançar mais para o além em relação à diferença existente entre ações humanas e ações do homem vamos analisar a origem da vida da pessoa humana num contexto cingido e profundo isto porque; praticamente sem vida não há nenhuma ação que homem pode realizar e obviamente onde não há a vida humana também não há ação do homem assim como ação humana.
Esta cientificamente reconhecida de que o poder do inconsciente do individuo ou de um determinado ser humano começa a se construir antes do seu nascimento. Em conexão com esta visão da origem da vida humana O Lepp salientou que; do mesmo modo que o corpo da criança vai tomando forma, progressivamente no útero materno, assim a psique ou a alma também tem seu período uterino da sua existência.[1]É neste período que a natureza espiritual da pessoa humana se desenvolve em coordenação com a sua natureza física. Contudo é relevante reconhecer que o ser humano possue três partes fundamentais que são alma que é o centro da vida, o espírito que constitui o centro da inteligência humana e o corpo físico. E é na base da unidade desses elementos que se construí o corpo vital de um determinado ser humano. Em conexão com o ponto de união entre o corpo e alma O Allan Kardec salientou que a união entre o corpo e alma começa na concepção, mas não-se completa, e só vai se completar no momento de nascimento. Desde o momento da concepção o espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz ... e entra no número dos seres vivos.[2] Por outro lado à visão do Kardec é muito platônica, pessoa humana não se enquadra na lista dos seres vivos somente depois do seu nascimento mais antes do seu nascimento, visto que o nascimento é a realização de uma das fases do desenvolvimento ou progresso da vida humana ou pessoa humana no seu geral. Isto quer dizer mesmo no período da concepção uterina o individuo está na lista dos seres vivos, porque tem vida e é a partir de tal vida que ele vai cumprindo ou seguindo o seu processo de desenvolvimento até a fase do seu nascimento. E nada se completa nesta fase, visto enquanto vivo ele continua incompleto e vai buscando se completar ou ser perfeito por meio de seu processo de desenvolvimento que vai até o dia da sua morte.
Para que o individuo esteja autenticamente dentro ritmo expectivo do progresso do ser humano é necessário que haja o equilíbrio dinâmico no desenvolvimento assim como no funcionamento dos elementos acima mencionados. E é por meio desse equilíbrio que a pessoa estará mais inclinada na realização das ações humanas evitando assim o super inclinação nas ações dos homens. É real reconhecer que não tem como um ser humano privatizar-se das ações do homem para somente se restringir nas ações humanas, visto que as tais ações são de caráter natural e centram na sua própria natureza. As ações humanas, embora também tenham a sua base no poder natural do ser humano; mas nem todo ser humano tem esse poder de julgar e analisar as coisas no contexto autêntico e objetava. Assim, devido esta limitação que os seres humanos sofrem devido à fragilidade da natureza deles, o maior número das pessoas passam todo tempo das suas vidas realizando mais ações do homem e poucas ações humanas.
Na maioria dos casos, a violência é usada como meio para o alcance da justiça dentro de uma determinada sociedade onde prevalece a injustiça; mas não é humano utilizar a violência como meio para o alcance da justiça dentro de uma determina da sociedade. É digno e humano centrar no dialogo como fonte preponderante para o alcance da justiça dentro de uma determinada sociedade onde predomina a injustiça ou opressão de qualquer natureza. Praticamente o uso da violência, como solução de busca de justiça gera o problema acima de um outro problema; e isso resulta numa confusão de natureza caótica, beset ou Deus-nos-acuda. Moçambique por exemplo; é um dos países africanos que sofreu bastante, de guerras contra a dominação colonial assim como a guerra civil que no total cobriu 16 anos de conflitos. O partido da oposição por recorrer à violência como meio para o alcance da justiça criou problemas acima de outros problemas, no caso do atraso do desenvolvimento econômico, intelectual, social, político e moral.
Então ações do homem envolvem todas as ações que nós realizamos sem nos perguntarmos por que é que nós realizamos as tais ações, é o exemplo delas amor, ciúme, inveja, respiração, descriminação, ódio, em geral são ações instintivos e fisiológicos. Enquanto que as ações humanas têm a sua base na consciência, eles surgem como resulto da ação do julgamento racional. É digno o que está sublinhado de que human acts are imputable to man, so they envolve his responsability for very reason that he puts them forth deliberately and with self-determination. Moreover, they are not subject to physical laws which necessitate the agent, but to law which lays on the free- will under obligation which has no any interference with his freedom of choice. Besides, they are moral.[3] (As ações humanas são irrefutaveis para o homem, e têm uma responsabilidade centrada na consciência da pessoa que realiza as tais ações, por esta razão ela realiza deliberadamente e com determinação pessoal. Neste caso, ações humanas não são sujeitas a leis físicas que necessita o sujeito, mas as leis centradas na livre vontade e como dever que não tem qualquer interferência com a liberdade da escolha). Em geral ações humanas são aqueles que nós realizamos livremente e conscientemente na base da prudência e sabedoria. São ações que nós realizamos voluntariamente e convictos em justificar, por que é que nós realizamos as tais ações e quais são as suas conseqüências. Com essa visão as diferenças entre ações humanas e ações do homem tornam muito claras, e transparentes, e isso mostra-nos que a vida humana em si, não tem doutrinas, mas é o homem que cria doutrinas para impor dentro da sua própria vida. Neste caso as doutrinas são o resultado das ações do homem, isto quer dizer elas não fazem parte das ações humanas. Em relação às doutrinas atualmente muitas pessoas são abusadas, exploradas economicamente assim como moralmente e espiritualmente por meio de doutrinas religiosas, mas isso tudo é devido à ignorância, inocência ou pobreza intelectual. E devido a isso nas nossas sociedades predominam mais ações dos homens em vez das ações humanas. As pessoas deixam a serem manipuladas facilmente pelas doutrinas religiosas esmagando assim o espírito da fidelidade pela afirmação autêntica das verdadeiras realidades das suas vidas. Em conexão com essa visão Matthew sublinhou que estamos dentro duma cultura que não nos ensina a lidar com os sentimentos dolorosos e numa Igreja que freqüentemente nos ensina que a verdade está na Bíblia, no papa, nos pastores ou padres, nos sacramentos-em todos os lugares menos dentro de nós mesmos. A religião é freqüentemente ensinada como um sistema de controle, de regra, de rituais, de ideais - de obrigações. É muito fácil se nos orientar com esse tipo de crenças ou doutrinas para esmagar o processo da nossa vida, pensando ao mesmo tempo que estamos sendo bons cristãos, crédulos ou religiosos no seu geral.[4] Em relação a isso, uma mulher disse que odeia bastante ler as cartas de são Paulo apostolo que fala sobre a conduta ou relacionamento entre as mulheres casadas com os seus esposos; visto que está muito acentuado a submissão ou servilismo das mulheres nas suas relações com os seus esposos. E a qualquer momento em que ela é escolhida para fazer leitura das tais cartas dentro da Igreja, ela passa a leitura para outra pessoa. Mas ela não podia estar ameaçada pelas cartas de São Paulo, porque não é a visão de são Paulo, que define o verdadeiro ser de uma determinada mulher, mas sim a natureza da mulher em si, é que define o verdadeiro ser da mulher. Neste caso a mulher deve ser livre em seguir as suas convicções e também deve ser fiel a sua própria natureza, ela deve analisar, julgar e criticar objetivamente as realidades que compõem o ser da mulher, para melhor descobrir os elementos fundamentais e objetivos que constroem o ser autêntico de uma determinada mulher. Em geral a vida humana não é orientada pelas doutrinas é por isso que, quando as doutrinas prevalecem dentro das nossas sociedades ela é ameaçada. Atualmente, se levanta a visão de que o cristianismo devido as suas doutrinas, não há favoritismo no crescimento da população que professa a sua fé, ao contrario o muçulmanismo, as suas doutrinas promove a poligamia à coisa que garante um crescimento rápido da população que professa a fé muçulmana. Contudo este assunto não constitui como elemento fundamental deste trabalho, mas era somente para que as doutrinas estão na linhagem das ações do homem e não ações humanas.
Atualmente, com o desenvolvimento intelectual e da civilização humana, a igualdade dos elementos que compõem a espécie humana torna-se cada vez mais o pano de fundo. É relevante reconhecer que nas áreas políticas e sociais de alguns países que não prevalece o domínio das doutrinas religiosas nas áreas políticas e sociais apresenta-se com uns progressos notáveis no contexto de valorização das mulheres. Por outro lado à situação torna-se preocupante nas religiões, especialmente nas religiões onde o espírito do radicalismo notavelmente no caso de catolicismo e muçulmanismo. As mulheres embora, apresentassem-se com um número notável nas tais religiões, elas não podem exercer qualquer função ou exercício de elite dentro das tais religiões. Concluindo, eu saliento que é importante ativar nas nossas mentes aquilo que foi dito por Buda de que, gods may exist, but they can`t help us or do anything for us so there is no point in worrying about them, praying to them or looking to them for any aid. We humans know that we exist here and now so we need to worry about how to best live or our lives here and now, let the gods if there are any, to take care of themselves.[5] (os deuses podem existir mas eles não podem nos ajudar a fazer qualquer coisa para nós, por isso não há razão de passar todo tempo rezando para a eles,ou procurar, eles para nos dar qualquer ajuda. Nós, seres humanos sabemos que existimos aqui e agora, assim nós precisamos de nos preocupar em como é que podemos melhorar a vida ou a nossa vida aqui e agora, deixa os deuses existirem se existir algum para tomar o cuidado deles mesmos.) Esta visão soa com uma realidade ateu, mas numa visão critica, analítica e objetiva descobri no seu fundo de que não podemos nos limitar em crenças ou doutrinas para resolver as dificuldades de natureza humana, vamos partir na base das nossas convicções enraizada nosso estilo da vida, e daí busquemos os valores que garantem a melhoria das nossas vidas. Assim descobriremos que na verdade, a verdadeira realidade da vida humana não tem doutrinas.
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CRÍTICA E PACIÊNCIA
A intenção desta pequena análise dos assuntos apresentados acima, não centra na busca das suas raízes mas assim o valor que esses termos possuem e que através do qual eles oferecem para a humanidade respostas autênticas na defesa da vida, pela garantia da paz e harmonia dentro das sociedades. Na maioria dos casos os verdadeiros críticos são mal vistos dentro das nossas sociedades simplesmente, porque nós receamos de sermos criticados, mas dificilmente evitamos realizar ações que merecem ser criticadas, e odeiamos ser criticados mas dificilmente nos perguntamos porquê é que somos criticados. Contudo é virtuoso recordar que uma pessoa que definiu a sua personalidade na base dos princípios e convicções justas ou realistas não receará de ser criticada, isto quer dizer se nós receamos ser criticados é porque existe algo que não é justo ou transparente dentro dos princípios que nos orientam no nosso dia a dia ou dentro das funções que nós desempenhamos diariamente dentro da sociedade. Como já temos visto na maioria dos casos, nas áreas políticas assim como religiosas constituem verdadeiras inimigas das criticas, simplesmente porque na maioria dos casos manipulam o povo por meio dos princípios não transparentes ou justos. A religião cristã por examplo; mostra se como umas das religiões que promove os princípios democráticos dentro dos países em que apresenta se com maior índece dos seus crentes, mas pelo contrário a realigião cristã em si não é orientada pelos princípios democráticos.
Praticamente; o verdadeiro critico é uma pessoa paciente e realista e que os seus princípios são orientados pela justiça, ele é a pessoa que vive na base do espírito da fidelidade pela verdade. Neste caso o objetivo do verdadeiro crítico não é ferir as almas das pessoas que ele critica; mas sim oferecimento das visões claras e verídicas, para que as pessoas se livrem das ações que lhes conduzem a serem objetos das críticas. Então, o verdadeiro crítico é uma pessoa justa e realista ou transparente e que por meio de criticar os falsos princípios que manipulam o povo dentro das sociedades através das injustiças sociais; ele manifesta a sua autêntica convicção e fidelidade pela verdade. Assim, para ser verdadeiro crítico a pessoa deve ter o espírito de paciência que é uma virtude que centra na exteriorização da alma por meio de interiorização dos valores ou virtudes baseanda-se no auto-conhecimento, e auto-estima ou amor a si mesmo, para melhor compreender o valor e o sentido de dar o seu próprio amor aos outros por meio de ações verídicas e praticas. As verdadeiras críticas são no geral transparentes e objetavas.
Muitas pessoas mal entendem o sentido da verdadeira paciência; por considerar paciente a pessoa que se coloca indiferente diante duma ação injusta, mas isso é covardia e é completamente diferente daquilo que nós consideramos de verdadeira paciência. O verdadeiro paciente é uma pessoa de espírito cautelosa, analítica e crítico, isto quer dizer antes de agir diante de uma situação de qualquer natureza ele se enquadra num processo onde envolve as tais virtudes. E é por meio de tal processo que ele procura saber ou compreender como agir, onde agir, e porque agir diante de uma situação de qualquer natureza. Praticamente, paciência é um dos meios fundamentais na realização da sabedoria e prudência para um ser convicto em busca de saberia e autenticidade humana. As virtudes tais como paciência, cautela, analise e crítica fortificam as nossas visões das realidades das coisas no contexto realista e objetava. Um sábio ou prudente é uma pessoa paciente, cautelosa e analítica e que os seus princípios são orientados pela verdade e sempre busca viver a fidelidade pela verdade. A manifestação do espírito da paciência centra se na valorização e compreensão da realidade humana, e é por meio deste que nós somos chamados a criar convicção de educar as nossas almas em relação o nosso modo de agir, que visa fortificar o controlo das emoções diante das ações que estimulam o mau humor. Algumas dificuldades que nós vivemos no nosso dia a dia; são provocadas por nós mesmos devido a nossa infidelidade pelas virtudes humanas que favorecem a paz e harmonia nas nossas relações. Na maioria dos casos caímos na frustração, estresse, desespero e sentimento de pesadelo, devido às fraquezas ou limitações dos outros esquecendo o peso das nossas próprias fraquezas ou limitações que os outros têm suportado. Consideramos os outros de néscios ou doidos, mas dificilmente definimos a nossa própria realidade. Não considere a outra pessoa de doida antes de definir a sua própria realidade; se não você fica doida do que a pessoa que você considera de ser doida. Isto porque a pessoa considerada verdadeiramente de ser doida dificilmente reconhece a sua realidade de ser doida; ao contrario ela dirá para os outros que vocês são doidos. Quanto a isso é importante recordar que toda pessoa humana, tem um valor extremamente importante que qualquer erro que ele cometeu ou espera cometer no curso da sua vida.[1]
Quanto ao assunto de crítica e paciência é uma iniciativa baseada na manifestação da identidade do amor pela vida e fidelidade pela verdade. A pessoa que vive a fidelidade pela verdade não é vitima de hipocrisia e superficialidade, porque ele sempre busca as virtudes humanas tais como respeito pela vida, valorização dos outros independentemente das suas fraquezas ou fragilidades; ele centra se em valorizar a dignidade humana. É por meio desse que a pessoa define a sua personalidade como ser humano verdadeiramente autêntico; porque não vive coberto de máscara. Diz se que o infeliz é quem precisa viver o tempo todo cuidando da sua própria máscara para transmitir aos outros uma falsa imagem do seu universo interior.[2] Neste caso será feliz tudo aquele que é fiel pela manifestação transparente da sua verdadeira identidade.
O verdadeiro crítico, não é uma pessoa estressado pelas fraquezas dos outros e também não é uma pessoa que não compreende os seus próprios limites. Ele é uma pessoa que compreende as limitações dos outros assim como os seus próprios limites, é uma pessoa que olha e julga objetivamente os seus próprios erros assim como os erros dos outros. É com essa visão que ele distingue o que lhe compete julgar e o que não lhe compete julgar. Existe maior numero dos lamentadores, que passam todo tempo se queixando das fraquezas dos outros, o pior é que lamentam até as suas próprias fraquezas quando notam nos outros; e este é o verdadeiro sinal de falta de autoconhecimento. Em relação a isso Jesus salientou que não adiante passar toda tempo olhando o cisco no olho do seu irmão, e porque não presta atenção da treva que está no seu próprio olho? Ou como você se atreve a dizer ao seu irmão: deixe me tirar o cisco do seu olho quando você mesmo tem uma treva no seu olho? Hipócrita, tire primeiro a treva do seu próprio olho e então você enxergará bem para tirar o cisco do olho do seu irmão.(Mt 7,3-5)[3], então este é a condição autentica para ser verdadeiro critico, compreender as suas próprias limitações para melhor compreender as limitações dos outros. Por outro lado isto constitui um dos grandes desafios na nossa vida diária simplesmente porque nós preocupamos mais conhecer aquilo que está fora de nós, antes de conhecer aquilo que está ao nosso alcance. Por isso torna nos mais simples ser sensível pelas fraquezas dos outros e sofremos a falta de sensibilidade com as nossas próprias limitações.
O povo makonde conta historia de que um ano uma senhora grávida saia de uma aldeia para a outra no caminho encontrou se com um grupo das pessoas que traziam o corpo da pessoa morta, da aldeia que ela ia para aldeia que ela tinha sido. Quando ela viu as pessoas de longe mal que soube que transladavam um corpo de uma pessoa, ela teve que parar com sinal da reverência segundo a tradição. Quando as pessoas que transladavam o corpo chegaram perto dela, ela perguntou o que causara a morte da pessoa, e enquanto perguntava o espírito ou a alma do corpo que as pessoas carregara, conversava com o bebé dentro do ventre da mulher. Nesta dita conversa a alma perguntou a realidade da vida no Céu ou no paraíso, e o bebé respondeu que tinha uma vida pura e tudo no seu contexto expectativo, em suma uma vida realmente perfeita. Por sua vez o bebé perguntou acerca da realidade da vida no mundo; e a alma respondeu que é uma realidade completamente difícil cheia de injustiças,violências, falta de respeito pela vida, discriminação, hipocrisias, humilhação dos inocentes, em suma uma vida completamente imperfeita; mas eu aconselho te que no dia do seu nascimento mantenha se mudo, até que você cresça, sempre seja humilde, paciente e verá que uma acusação se levantará inocentemente contra ti. E se assim for aproveite falar nesta dita ocasião. Na verdade, quando ele nasceu permaneceu mudo e seguiu fielmente o conselho que ele recebera. Depois dos seus 13 anos de idade, o seu país sofre de uma grande seca, isso originou o fracasso da produção e que resulto em uma grande fome. E aconteceu que um dia a mãe do menino decidiu ir numa aldeia vizinha a procura de alimentação para sustentar a família; mas antes de sair cozinhou Ngoda (Ngoda= milho cozido) para o filho comer durante o dia. Na verdade, o menino passou todo tempo comendo Ngoda e brincando com os amigos em casa dele. E quando terminaram de comer, os outros meninos saíram para uma casa vizinha onde havia uma senhora pilando milho, e o menino ficou em casa dele com o seu estado de tranqüilidade. Os amigos dele iam à casa vizinha pedir farelo de milho que a senhora estava pilando. Aconteceu, que quando chegaram lá rodearam a senhora que estava pilando, e devido um descuido à senhora bateu na cabeça de um dos meninos por meio de pilão e que resulto numa morte imediata do menino. E a senhora ficou aflita, amofinada e com muito medo de assumir a responsabilidade pelo incidente; com isso ela decidiu pegar o corpo para a casa do menino mudo, para que ele seja visto como o autor do incidente.
Chegado o período de tarde as famílias regressavam, nos campos de trabalho nas rochas ou machambas. Quando a mãe do menino chegou em casa, encontrou o corpo do menino morto. Mãe gritou para o filho, o que fizeste meu querido filho!!!! Mataste o filho dos donos!!!? a família desse menino também vai te matar!!!??? O menino sem dizer nada somente abanava a sua cabeça; recordando da conversa que ele tivera com alma quando estava no ventre da sua querida mãe. As pessoas já acumulavam na família lamentando do incidente; o mal é que ninguém podia dar uma explicação exata. O mudo somente murmurava e abanava a cabeça. Aconteceu que a senhora que é autora do incidente apareceu e logo iniciou a exclamar, para a mãe do menino mudo: Aaahh...!!! o que é que o seu filho fez minha querida!!!? Aqui única solução é de ser morto porque ele matou outro inocentemente. O menino mudo olhou para autora do incidente e continuou abanar a sua cabeça!!!?
As pessoas decidiram levar o corpo para a sepultura e depois procurar a melhor solução do incidente, a noticia se espalhou por toda parte que um menino mudo assassinou o outro menino inocentemente. Depois de organizar tudo para a sepultura do corpo; pegaram-no e colocaram se no caminho para o cemitério. O menino mudo seguiu também para o cemitério acompanhando o corpo junto com outras pessoas da aldeia. Quando chegaram no cemitério tudo estava em ordem para a realização do sepultamento; então as pessoas pegaram o corpo em direção ao túmulo tentando colocar o corpo dentro do túmulo o menino impediu e disse: Passou muito tempo desde que nasci sem falar, mas isso tudo isso era a manifestação da fidelidade pelo conselho que eu recebera antes da minha concepção ou nascência e hoje realizou se o valor do dito conselho. Este menino não foi morto por mim; mas sim esta senhora, é que matou o menino quando ela estava pilando. A senhora como não esperava, iniciou o choro, e confessou que na verdade ela era autora, mas temia de tomar a responsabilidade pelo incidente, é por isso que decidiu pegar o corpo e deixar na casa do menino mudo para ser acusado inocentemente.[4]
Como podemos ver a partir do conto do povo makonde, em muitos casos negamos assumir a responsabilidade das nossas fraquezas; mas o mal é que projetamos para os outros, e nos alegramos por ver eles a serem acusados inocentemente. Existem muitas pessoas que estão nas prisões devido às acusações que as pessoas projetaram para eles inocentemente. Recordar que uma das coisas mais fundamental na vida humana é definir a nossa vida na base dos princípios verídicos e objetivos. E esta iniciativa só pode ser realizada na base de convicção de viver a fidelidade pela verdade, e livrar se das visões bahistas (Biasness). Esta visão será realizada somente se nós acreditar sermos fieis com a nossa própria realidade. O homem deve ser fiel pela sua própria realidade e a mulher também deve ser fiel com a sua própria realidade. E o homem deve respeitar o ser da mulher e a mulher também deve respeitar o ser do homem, porque homem não escolheu ser homem e nem mulher mas é a verdade da natureza que lhes definiu. É pena que muitas pessoas não têm uma visão clara da realidade humana, como conseqüência descriminamos os outros inocentemente, e às vezes devido as suas fraquezas. Mas, fraquezas existem para todos seres humanos independentemente de ser branco ou negro; vermelho ou amarelo, essa realidades não compete a nós julgar; porque é injusto julgar alguém por ser homem ou mulher ou mesmo por ser negro ou branco; porque essas realidades não fazem parte da opção humana, visto que ninguém escolheu ser homem or mulher; negro or branco mas é a verdade da nossa natureza que nos definiu. Neste caso quando falamos do desenvolvimento do espírito analítico baseado na paciência, objetivo fundamental de criarmos visão que a partir do qual nós distinguiremos o que nos compete criticar ou julgar dentro da realidade humana, porque praticamente ninguém se envolve na prostituição ou ladroagem por causa de ser negro ou branco mas sim devido à fragilidade humana que esta presente em todos seres humanos.
O essencial é, cada ser humano deve procurar ser fiel com a sua natureza e desenvolver o espírito de autoconhecimento para melhor compreender o que lhe impede o alcance da realização da autenticidade humana. Dando a conclusão, o objetivo fundamental deste trabalho é dispertar a visão das pessoas para que tenham a iniciativa de procurar objetivamente as respostas das dificuldades ou problemas que ameaçam o povo dentro das comunidades ou sociedades no seu geral. Salientar que as criticas devem ser verdadeiramente objetivas para que elas sejam construtivas e não subjetivas no contexto de satisfazer os desejos, interesses e sentimentos pessoais que não favorece a garantia da paz, harmonia e a unidade dentro das sociedades. As vezes as pessoas mal entendem o objetivo das criticas, devido o esperíto de super-bahismo; quer dizer se eu sou político não posso criticar qualquer ação negativa de natureza política que mereça ser criticada, porque sou político. Mas este tipo de convicção é completamente limitada e negativa, porque o essencial não é o estilo da vida que nós seguimos mas sim, o nosso modo de ser em relação o estilo da vida que nós seguimos, isto quer dizer se eu sou político ou religioso a minha personalidade deve revelar a minha fidelidade pela verdade do estilo da vida que eu optei em seguir.