É um dos deveres fundamental do ser humano, que é racional procurar prudentemente informar se autenticamente a realidade da sua própria natureza, para melhor compreender os elementos fundamentais que constroem a sua natureza humana. Esta visão mostra-nos que a verdadeira realidade da vida humana não é orienta pelas doutrinas mas sim pela verdade.
A vida humana compreende o conjunto dos elementos que constroem o processo vital que pode ser conduzido para o progresso, ou anacronismo do ser de uma determinada pessoa humana, dependendo inteiramente das próprias capacidades seja física ou mental que podem garantir autenticidade das suas convicções; e os meios que o seu ambiente lhe oferece. Antes de nos lançar mais para o além em relação à diferença existente entre ações humanas e ações do homem vamos analisar a origem da vida da pessoa humana num contexto cingido e profundo isto porque; praticamente sem vida não há nenhuma ação que homem pode realizar e obviamente onde não há a vida humana também não há ação do homem assim como ação humana.
Esta cientificamente reconhecida de que o poder do inconsciente do individuo ou de um determinado ser humano começa a se construir antes do seu nascimento. Em conexão com esta visão da origem da vida humana O Lepp salientou que; do mesmo modo que o corpo da criança vai tomando forma, progressivamente no útero materno, assim a psique ou a alma também tem seu período uterino da sua existência.[1]É neste período que a natureza espiritual da pessoa humana se desenvolve em coordenação com a sua natureza física. Contudo é relevante reconhecer que o ser humano possue três partes fundamentais que são alma que é o centro da vida, o espírito que constitui o centro da inteligência humana e o corpo físico. E é na base da unidade desses elementos que se construí o corpo vital de um determinado ser humano. Em conexão com o ponto de união entre o corpo e alma O Allan Kardec salientou que a união entre o corpo e alma começa na concepção, mas não-se completa, e só vai se completar no momento de nascimento. Desde o momento da concepção o espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz ... e entra no número dos seres vivos.[2] Por outro lado à visão do Kardec é muito platônica, pessoa humana não se enquadra na lista dos seres vivos somente depois do seu nascimento mais antes do seu nascimento, visto que o nascimento é a realização de uma das fases do desenvolvimento ou progresso da vida humana ou pessoa humana no seu geral. Isto quer dizer mesmo no período da concepção uterina o individuo está na lista dos seres vivos, porque tem vida e é a partir de tal vida que ele vai cumprindo ou seguindo o seu processo de desenvolvimento até a fase do seu nascimento. E nada se completa nesta fase, visto enquanto vivo ele continua incompleto e vai buscando se completar ou ser perfeito por meio de seu processo de desenvolvimento que vai até o dia da sua morte.
Para que o individuo esteja autenticamente dentro ritmo expectivo do progresso do ser humano é necessário que haja o equilíbrio dinâmico no desenvolvimento assim como no funcionamento dos elementos acima mencionados. E é por meio desse equilíbrio que a pessoa estará mais inclinada na realização das ações humanas evitando assim o super inclinação nas ações dos homens. É real reconhecer que não tem como um ser humano privatizar-se das ações do homem para somente se restringir nas ações humanas, visto que as tais ações são de caráter natural e centram na sua própria natureza. As ações humanas, embora também tenham a sua base no poder natural do ser humano; mas nem todo ser humano tem esse poder de julgar e analisar as coisas no contexto autêntico e objetava. Assim, devido esta limitação que os seres humanos sofrem devido à fragilidade da natureza deles, o maior número das pessoas passam todo tempo das suas vidas realizando mais ações do homem e poucas ações humanas.
Na maioria dos casos, a violência é usada como meio para o alcance da justiça dentro de uma determinada sociedade onde prevalece a injustiça; mas não é humano utilizar a violência como meio para o alcance da justiça dentro de uma determina da sociedade. É digno e humano centrar no dialogo como fonte preponderante para o alcance da justiça dentro de uma determinada sociedade onde predomina a injustiça ou opressão de qualquer natureza. Praticamente o uso da violência, como solução de busca de justiça gera o problema acima de um outro problema; e isso resulta numa confusão de natureza caótica, beset ou Deus-nos-acuda. Moçambique por exemplo; é um dos países africanos que sofreu bastante, de guerras contra a dominação colonial assim como a guerra civil que no total cobriu 16 anos de conflitos. O partido da oposição por recorrer à violência como meio para o alcance da justiça criou problemas acima de outros problemas, no caso do atraso do desenvolvimento econômico, intelectual, social, político e moral.
Então ações do homem envolvem todas as ações que nós realizamos sem nos perguntarmos por que é que nós realizamos as tais ações, é o exemplo delas amor, ciúme, inveja, respiração, descriminação, ódio, em geral são ações instintivos e fisiológicos. Enquanto que as ações humanas têm a sua base na consciência, eles surgem como resulto da ação do julgamento racional. É digno o que está sublinhado de que human acts are imputable to man, so they envolve his responsability for very reason that he puts them forth deliberately and with self-determination. Moreover, they are not subject to physical laws which necessitate the agent, but to law which lays on the free- will under obligation which has no any interference with his freedom of choice. Besides, they are moral.[3] (As ações humanas são irrefutaveis para o homem, e têm uma responsabilidade centrada na consciência da pessoa que realiza as tais ações, por esta razão ela realiza deliberadamente e com determinação pessoal. Neste caso, ações humanas não são sujeitas a leis físicas que necessita o sujeito, mas as leis centradas na livre vontade e como dever que não tem qualquer interferência com a liberdade da escolha). Em geral ações humanas são aqueles que nós realizamos livremente e conscientemente na base da prudência e sabedoria. São ações que nós realizamos voluntariamente e convictos em justificar, por que é que nós realizamos as tais ações e quais são as suas conseqüências. Com essa visão as diferenças entre ações humanas e ações do homem tornam muito claras, e transparentes, e isso mostra-nos que a vida humana em si, não tem doutrinas, mas é o homem que cria doutrinas para impor dentro da sua própria vida. Neste caso as doutrinas são o resultado das ações do homem, isto quer dizer elas não fazem parte das ações humanas. Em relação às doutrinas atualmente muitas pessoas são abusadas, exploradas economicamente assim como moralmente e espiritualmente por meio de doutrinas religiosas, mas isso tudo é devido à ignorância, inocência ou pobreza intelectual. E devido a isso nas nossas sociedades predominam mais ações dos homens em vez das ações humanas. As pessoas deixam a serem manipuladas facilmente pelas doutrinas religiosas esmagando assim o espírito da fidelidade pela afirmação autêntica das verdadeiras realidades das suas vidas. Em conexão com essa visão Matthew sublinhou que estamos dentro duma cultura que não nos ensina a lidar com os sentimentos dolorosos e numa Igreja que freqüentemente nos ensina que a verdade está na Bíblia, no papa, nos pastores ou padres, nos sacramentos-em todos os lugares menos dentro de nós mesmos. A religião é freqüentemente ensinada como um sistema de controle, de regra, de rituais, de ideais - de obrigações. É muito fácil se nos orientar com esse tipo de crenças ou doutrinas para esmagar o processo da nossa vida, pensando ao mesmo tempo que estamos sendo bons cristãos, crédulos ou religiosos no seu geral.[4] Em relação a isso, uma mulher disse que odeia bastante ler as cartas de são Paulo apostolo que fala sobre a conduta ou relacionamento entre as mulheres casadas com os seus esposos; visto que está muito acentuado a submissão ou servilismo das mulheres nas suas relações com os seus esposos. E a qualquer momento em que ela é escolhida para fazer leitura das tais cartas dentro da Igreja, ela passa a leitura para outra pessoa. Mas ela não podia estar ameaçada pelas cartas de São Paulo, porque não é a visão de são Paulo, que define o verdadeiro ser de uma determinada mulher, mas sim a natureza da mulher em si, é que define o verdadeiro ser da mulher. Neste caso a mulher deve ser livre em seguir as suas convicções e também deve ser fiel a sua própria natureza, ela deve analisar, julgar e criticar objetivamente as realidades que compõem o ser da mulher, para melhor descobrir os elementos fundamentais e objetivos que constroem o ser autêntico de uma determinada mulher. Em geral a vida humana não é orientada pelas doutrinas é por isso que, quando as doutrinas prevalecem dentro das nossas sociedades ela é ameaçada. Atualmente, se levanta a visão de que o cristianismo devido as suas doutrinas, não há favoritismo no crescimento da população que professa a sua fé, ao contrario o muçulmanismo, as suas doutrinas promove a poligamia à coisa que garante um crescimento rápido da população que professa a fé muçulmana. Contudo este assunto não constitui como elemento fundamental deste trabalho, mas era somente para que as doutrinas estão na linhagem das ações do homem e não ações humanas.
Atualmente, com o desenvolvimento intelectual e da civilização humana, a igualdade dos elementos que compõem a espécie humana torna-se cada vez mais o pano de fundo. É relevante reconhecer que nas áreas políticas e sociais de alguns países que não prevalece o domínio das doutrinas religiosas nas áreas políticas e sociais apresenta-se com uns progressos notáveis no contexto de valorização das mulheres. Por outro lado à situação torna-se preocupante nas religiões, especialmente nas religiões onde o espírito do radicalismo notavelmente no caso de catolicismo e muçulmanismo. As mulheres embora, apresentassem-se com um número notável nas tais religiões, elas não podem exercer qualquer função ou exercício de elite dentro das tais religiões. Concluindo, eu saliento que é importante ativar nas nossas mentes aquilo que foi dito por Buda de que, gods may exist, but they can`t help us or do anything for us so there is no point in worrying about them, praying to them or looking to them for any aid. We humans know that we exist here and now so we need to worry about how to best live or our lives here and now, let the gods if there are any, to take care of themselves.[5] (os deuses podem existir mas eles não podem nos ajudar a fazer qualquer coisa para nós, por isso não há razão de passar todo tempo rezando para a eles,ou procurar, eles para nos dar qualquer ajuda. Nós, seres humanos sabemos que existimos aqui e agora, assim nós precisamos de nos preocupar em como é que podemos melhorar a vida ou a nossa vida aqui e agora, deixa os deuses existirem se existir algum para tomar o cuidado deles mesmos.) Esta visão soa com uma realidade ateu, mas numa visão critica, analítica e objetiva descobri no seu fundo de que não podemos nos limitar em crenças ou doutrinas para resolver as dificuldades de natureza humana, vamos partir na base das nossas convicções enraizada nosso estilo da vida, e daí busquemos os valores que garantem a melhoria das nossas vidas. Assim descobriremos que na verdade, a verdadeira realidade da vida humana não tem doutrinas.
Na vida é muito importante reconhecer e valorizar tudo o que faz parte da nossa experiência, porque praticamente não há nenhuma experiência que é completamente inútil. Esta claro a fragilidade da nossa natureza humana, então não será surpreendente notarmos os fracassos e sucessos que tivemos ou mesmo os grandes sonhos que realizamos assim como os grandes erros que nós marcamos na historia da nossa vida. Só para mostrar que na verdade todas experiências que nós tivemos no curso da nossa vida, independentemente de ser boa ou má tem algo importante que deve ser considerado no processo do nosso desenvolvimento. Ser preso seja justamente ou inocentemente é uma das experiências que é considerado negativo, mas ela também pode ser aproveitosa. Lembro me de um senhor moçambicano na cidade de maputo que esteve na prisão durante o tempo de guerra, ele viveu grandes dificuldade, mas ele também notou que foi uma das oportunidades que lhe favoreceu aprender línguas em especial a língua Inglesa; um outro senhor reconheceu a mesma experiência como oportunidade através do qual ele se livrou de alguns vícios e que ele nem pensava que um dia chegaria a se livrar de tais vícios, a vida prisioneira deu a esta oportunidade que ele nem imaginava. Contudo há quem diz que os erros e culpas devem ser esquecidos para somente lembrar aquilo que constitui de experiência elogiável da nossa vida. Mas essa idéia é traidora, nós não devemos esquecer completamente os nossos erros e nem os sucessos, mas também ao recordarmos não devemos ser escravos nem dos nossos sucessos e nem dos nossos erros. Um dos nossos grandes desafios na nossa vida é a realização da felicidade ou a plena satisfação que centra na busca de sentido da vida. É reconhecido que o agir do homem está baseada na sua natureza que é carente, necessitada e incompleta, por isso; ele age para alcançar a máxima satisfação da sua vida. Então constitui a função fundamental do ser humano desafiar pela melhoria da sua vida para alcançar a plena satisfação da mesma. Mas o mais preocupante é que nesse mundo não há nada que possa dar a plena satisfação ao ser humano. É por isso que os sentimentos de solidão, desilusão, frustração, desespero e falta de compreensão do sentido da vida, constituem doenças da alma que todo ser humano vive, independentemente de ser rico ou pobre. Muitas pessoas pensam que são os órfãos, os idosos, os abandonados e crianças da rua é que são verdadeiros vitimas da solidão, mas a verdade é que todos os seres humanos são vitimas de sentimentos psicológicos acima mencionados. Muitos acreditam que as pessoas quietas ou introvertidas têm um grande risco de viver depressão, ou mesmo frustração, mas na verdade isso depende de natureza da pessoa, porque a livre vontade de libertar as emoções ou viver felicidade não tem nada haver com a liberdade da expressão ou a facilidade de abertura na expressão dos sentimentos. Eu conheci muitos amigos que sempre pareciam serem pessoas mais felizes que eu, eram muito eloqüentes, muito livre em se expressar os seus sentimentos perante os outros, mas mesmo assim, eles eram vitimas de solidão muito mais quando se encontrassem num ambiente isolado dos outros. A partir dessa experiência; cheguei a conclusão de que não adianta julgar a felicidade de uma pessoa pela sua aparência e nem pela sua manifestação que ela revela perante os outros. Isto porque, a nossa verdadeira felicidade parte na alma, isto quer dizer não é o meu encontro com a minha namorada, nem a boa casa que tenho, e nem o poder que eu tenho dentro da sociedade ou do país em geral que vai ou pode garantir-me a minha felicidade, mas sim a minha convicção de ser feliz baseado na minha alma.Neste caso, a verdadeira e duradoura felicidade humana, parte na alma na base do espírito de se libertar das perturbações, como a inveja, ódio, frustração, desilusão, desespero, ambição, desprezo aos outros e assim para diante; concentrando se somente no amor pela vida e a fidelidade pela verdade. Na maioria dos casos a solidão se levanta dentro da alma humana devido a falta de dinamismo nos pensamentos, sentimentos, permanência constante num determinado ambiente, constância do ritmo do trabalho e assim para diante. Neste caso se a pessoa sofre de solidão é aconselhável que ela mude do ambiente, tipos de pensamentos e o ritmo do trabalho ou atividade de qualquer natureza, pode ser dentro de uma hora ou um dia completo. E é melhor que pessoa tenha na mente que a solidão, frustração, angústias, sentimento de falta de sentido da vida e crise da identidade são as dificuldades que sempre estão presente dentro dos seres humanos, e ninguém pode morrer por causa de tais sentimentos porque são momentâneos e de natureza inconsciente, para tal o meio aconselhável é não aceitar ser domina por tais sentimentos. A realização da introspecção e exercícios de autoconhecimento socrático garante o controle de tais sentimentos; porque os tais exercícios estão fundamentalmente baseada na descoberta de meios morais que possam garantir a paz e harmonia nas relações humanas e ajuda também a compreender as realidades que compõem o ser humano. Muitos nos aconselham para sermos feliz, mas a questão não é a felicidade, mas sim a razão da nossa felicidade; nós não podemos desafiar em sermos livres, mas devemos desafiar em conhecer a razão e a base da nossa felicidade. Nós devemos procurar entender o que nos garante a felicidade e qual é a sua base. Normalmente, nós vivemos muitos problemas e dificuldades psicológicos criados por nós mesmos e dificilmente reconhecemos as origens deles. Se não bastasse, nós somos viciados de reclamações e queixas de muitos problemas acerca dos outros e às vezes de nós mesmos, e devido a isso falhamos de distinguir de que existem outras coisas ou dificuldades que nem precisam de nos queixar acerca delas; porque as suas soluções podem ser encontradas no interior do nosso ser, tendo como base o desafio individual. O Anselmo em referencia das idéias do Evágrio diz-nos que devemos observar atentamente os nossos pensamentos, interesses, e sentimentos, e as suas leis; neste caso se um homem deseja conhecer na base da sua própria experiência, os demônios que pretendem familiarizar se com a sua realidade deve ter atenção e observar bem os seus sentimentos e pensamentos. Ele deve procurar entender quando e como os demônios iniciam a se manifestar dentro da sua memória ou mesmo no seu coração. E dentre os tais demônios qual deles que prevalece mais no seu ser do dia a dia e daí procurar como evitar... é com essa iniciativa que nós seremos cientes em relação os tipos de dificuldades ou problemas que podemos nos queixar ou pedir soluções a partir dos outros; assim como os que necessitam soluções que partem dentro de nós mesmos. Falando na base da realidade desse mundo eu credito que sem vida não há sofrimentos e nem problemas isto quer dizer qualquer ser humano que existe nesse mundo é vitima de sofrimentos de qualquer natureza, dependo da realidade da vida dele. Uma das realidades que descobri neste mundo é que não existe nenhuma forma de viver que possa ser considerado como autentica ou que garante a plena satisfação ao ser humano. Os casais por exemple; no princípio manifestam a felicidade, mas com passar do tempo eles vão encontrando as dificuldades que constitui o resultado da escolha daquela forma de vida. No curso da vida deles vão vivendo desesperos, solidão, desconfiança, duvidosos das escolhas, até que duvidam a promessa do amor que eles fizeram para chegarem à conclusão de se casarem, e devido estes dificuldades; muitos terminam no divórcio. Ao meu ponto de vista nesse problema as pessoas que pretendem casar devem ter na mente de que onde existe mais de duas pessoas existem diferentes formas de pensar, sentir e mesmo os interesses. E para que eles vivam em paz e harmonia devem procurar harmonizar as diferenças que existem no meio deles; isto quer dizer no meio deles ninguém deve se sentir excluído em exercitar os seus direitos, sentimentos, e sua liberdade; e também ninguém deve procurar dominar o outro; eles devem desafiar pela busca de realidades que possa garantir a satisfação e harmonia das relações deles. Está salientado na imitação do cristo de que vencermo-nos a nós mesmos, tornarmos cada dia mais fortes e fazermos um progresso pela realização do bem, é o que deve ser o nosso empenho preponderante. Praticamente, este é o desafio e dever para todo ser humano, de acordo com o seu estilo da vida pode ser político, religioso, ou quer outra realidade social enquadrada na esfera humana. Neste caso uma boa vida pode ser alcançada quando temos uma convicção autentica pela realização desta dita forma de viver, isto quer dizer quanto mais desafiamos pelo alcance duma vida boa teremos uma alta oportunidade de ocupar um determinado nível na escala de valores que garantem o bem estar humano. O Jacques Martain em referencia ao Platão considera boa vida aquela que ocupa um determinado lugar na escala de valores. Em relação à solidão, como salientei inicialmente de que essa dificuldade é vivida por todo ser humano, mas a verdade é que varia consoante o estado da pessoa. Por exemplo, ser solteiro por causa de missão de sacerdócio não se pode comparar com uma pessoa que optou ser solteiro por uma livre vontade dele/a. Como já temos visto muitas das vezes das queixas dos crentes ou sociedade em geral que um sacerdote ou irmã tem esposa/o ou mesmo filhos isso porque a dita pessoa não tinha desejo de ser solteiro, mas queria exercer a missão em si; então sendo celibato um dos requisitos ela tinha que fingir em acreditar como requisito e somente no sentido passaporte. Praticamente existem muitos que estão nessa linhagem e são na maioria os que vivem uma grande solidão, muito mais quando estão isolados dos outros, eles não têm a iniciativa de viver a satisfação dentro das almas deles, e como resultado sofrem a solidão constantemente, eles só podem encontrar ou viver a felicidade quando estão no meio dos outros. Aqui a questão preocupante é de interpretar o celibato como a causa fundamental da solidão, e não como o problema humano que todo ser humano pode viver dependendo da realidade do seu ambiente, é real que ser solteiro pode ser um dos elementos que favorece o sentimento de solidão, mas não é a fonte da solidão porque se assim fosse os casados não teriam os sentimentos da solidão. Em relação a isso lembro a nossa professora de língua italiana ter nos falado de que a situação de solidão era notável nos conventos onde eram específicos para os velhos sacerdotes na Itália, eles só deveria se manifestar a felicidade na presença de visitantes, e caso não haja visitantes eles se envolviam no álcool como meio de se livrar da solidão. De toda maneira a solidão é mais critico nos solteiros não convictos, os que optaram viver celibato por ser um dos requisitos da missão que eles sempre sonhavam de exercer, como conseqüência são sempre vitimas de solidão. Mas este não deveria ser problema nenhum, se eles decidissem viver o celibato na base de convicção deles, como nós temos visto para o caso de muitas pessoas que decidiram viver o celibato não por causa de uma determinada missão, mas por uma simples e livre vontade de viver o celibato. Então alguém perguntaria será que essas pessoas não vivem a solidão? A verdade é que eles vivem também a solidão, mas não consideram ser solteiro como fonte de origem de tal sentimento humano, o John Powell na sua referencia da idéia do Epíteto disse que it is not your problems that are bothering you. It is the way that you are looking at them. ( quer dizer não é o problema ( de solidão neste caso) que perturba, mas sim o modo de ver ou entender a realidade de tal problema). Contudo o problema de solidão, em outras circunstâncias pode se levantar na base da falta da auto-estima, com falta de auto-estima; com muita facilidade nos colocamos na lista dos inúteis em relação os nossos sentimentos com os outros, e devido a tal convicção, com muita facilidade concluímos que ninguém da nos valores seja dentro do grupo ou sociedade para tal não servimos para nada. Mas nós devemos ter em consideração de que se pertencemos num grupo é porque temos a nossa identidade individual e é a partir do qual que nós revelamos a nossa realidade de ser o elemento deste ou aquele dado grupo, porque o grupo em si sem os indivíduos não deveria ser feita. É real que nos grupos na maioria dos casos tem havido tendências de excluir os outros, porque são fracos ou atrasados, não ativos e assim para diante. Mas; o mais interessante é que quando o mais fraco, atrasado, tem uma habilidade de fazer algo que grupo necessita a valorização da presença daquele individual pelos membros do grupo tem sido notável, simplesmente porque tem algo a se realizado, e a dita pessoa é que possui habilidades de fazer a dita coisa no seu sentido expectativo. Por outro lado; o que é preocupante é que nós lemos escrituras e outros livros que nos aconselham valorizar os outros, mas mesmo assim dificilmente valorizamos, somos alertados de que não podemos utilizar as nossas habilidades para desvalorizar os outros que não possuem tais habilidades, mas mesmo assim utilizamos as nossas forças, as nossas habilidades, o nosso poder para humilhar e ofender os outros, mas pela expectativa nós não podíamos ser ignorantes da realidade humana e os seus valores a este nível. O que é aconselhável para nós que somos vitimas de humilhação e ofensas sejam eles físicas assim como espirituais ou mesmo morais não podemos perder a coragem na esperança pela vida da paz e harmonia. E esta esperança pode ser realizada, se nós tivermos uma iniciativa baseada na paciência em desafiar contra essas injustiças que muitas pessoas manifestam contra os outros. Nós não podemos aceitar perder os nossos direitos e valores que temos pela virtude da nossa vida, somente porque somos desvalorizados pelos outros. É o nosso dever tentar ao máximo na busca de virtudes que garantem a paz e harmonia, e a convicção de valorização de diretos e valores que cada um de nós porta pela virtude da nossa vida humana. Não podemos procurar conduzir a vida dos outros na desilusão, desespero, frustração e solidão, mas sim vamos procurar revelar o sentido e a verdade da vida aos que caíram na desilusão, solidão, desespero e assim para diante. Por ultimo eu saliento que na vida nós temos muitos problemas, e como antecipei dizer que sem vida não há sofrimento e sem sofrimentos não haverá nenhuma vida neste mundo, para tal não há nenhuma razão de perdemos a esperança na vida por causa de qualquer problema ou sofrimento. A verdade é que, falando humanamente não há nenhuma plena satisfação neste mundo, isto quer dizer enquanto vivos podemos ser ofendidos e humilhados pelos aqueles que nós consideramos que nos amam, pelos nossos familiares, amigos assim como os nossos inimigos, mas esta não pode ser a razão de perdermos a esperança pela vida caindo na desilusão ou solidão. E todos somos chamados na luta de busca do amor pela vida, paz, harmonia e unidade.
atanasio1984@yahoo.com
[1] Anselmo Grun, O Céu começa com você: A sabedoria dos padres do deserto para hoje.(São Paulo, Câmara brasileira do livro,2004)67
[2] Paulo Lotufo, Sabedoria Universal( São Paulo: Brasipal Ltd, 1964)139.
[3] Jacques Martain , Filosofia Moral: Exame Histórico e Critico dos grandes systemas.(Rio de Janeiro: Livraria agir, 1964)43
[4] John Powell, The Christian Vision: The truth that sets us free (New York: A division of DLM, Inc. 1984) 6